Aline Beckstein
Repórter da Agência Brasil
Rio - O desemprego atinge quase 10% da população da América Latina e sete em cada 20 pessoas trabalham sem carteira assinada, segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Essas questões foram discutidas hoje (26), no segundo dia do seminário Pobreza e Globalização no Contexto da Globalização, promovido pelo Centro Internacional Celso Furtado. Segundo a diretora do escritório regional da OIT, Laís Abramo, metade dos trabalhadores da América Latina também não está protegida por sistemas de seguridade social. E um número elevado de pessoas, mesmo empregadas, vive em condições de pobreza. “Não basta apenas estar empregada. Metade de todos os trabalhadores ocupados no mundo vive com menos de US$ 2 – uma situação de pobreza. E 18% deles, na extrema pobreza, com menos de US$ 1”, informou. Laís Abramo defendeu a chamada Agenda Global de Trabalho Decente, proposta pela OIT e apresentada em assembléias da Organização das Nações Unidas. O documento, segundo ela, "apresenta uma série de ações como fortalecimento da proteção social, combate ao trabalho escravo e infantil e respeito à liberdade sindical”.