Líderes da oposição reagem a relatório da CGU sobre indícios de fraudes na saúde

26/07/2006 - 21h17

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os líderes da oposição no Senado reagiram à divulgação pela Controladoria Geral da União (CGU) de um cruzamento de informações sobre convênios para compra de ambulâncias no período de 2000 a 2004. Os dados apontam que o esquema de fraudes poderia chegar à gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso. O líder do PFL, senador José Agripino (RN), disse que é um "cacoete desse governo" atacar o governo anterior. "O grande problema é que ele [governo] coloca as questões sempre em cima do Congresso e o problema é do governo do PT, é a Maria da Penha [Maria da Penha Lino, ex-assessora do Ministério da Saúde]. Então que assumam a responsabilidade", afirmou Agripino.Segundo o líder, os ex-ministros da Saúde Humberto Costa e Saraiva Felipe (deputado pelo PMDB-MG) foram citados no depoimento do empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin, sócio da empresa Planam, acusada de comandar o esquema de superfaturamento de ambulâncias, por isso precisam ser investigados. "É aí que começa a história. O esquema dos sanguessugas nasceu nesse governo. Dois ex-ministros foram citados", disse. E acrescentou: “É uma atitude escapista desse governo, que está sempre nesta de acusar o governo passado".O líder do PSDB, senador Arthur Virgilio (AM), disse que o ministro Jorge Hage, da CGU, recebeu a tarefa do governo de confundir a sociedade, "já que a CPMI (Comissão Parlamentar de Inquérito dos Sanguessugas) desnuda esse governo e esse Congresso Nacional". "O ministro é um tarefeiro que tenta jogar a sujeira debaixo do tapete. Age de má-fé, e o governo não se explica", acusou o líder tucano.