Thaís Brianezi
Repórter da Agência Brasil
Manaus - O subchefe de Análise e Acompanhamento de PolíticasGovernamentais da Casa Civil da Presidência da República, Johaness Eck, afirmouhoje (26) à Radiobrás que as obras de recuperação no trecho central darodovia Manaus-Porto-Velho (BR 319) necessitarão de licenciamento ambiental.Ele está na capital amazonense coordenando a consulta pública que debate aproposta de criação de 9,4 milhões de hectares de áreas de conservação ao longoda rodovia.Desde julho do ano passado a rodovia vem sendo recuperada.Entre agosto e novembro, os trabalhos foram suspensos por determinação daJustiça, justamente porque estavam sendo realizados sem estudo de impactoambiental. No entendimento do Ministério dos Transportes, o processo delicenciamento não é necessário, porque se trata de uma via antiga (construídana década de 70). “Os trechos mais bem conservados, partindo de Manaus e dePorto Velho, dispensam licenciamento”, disse o superintendente regional doInstituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) no Amazonas, Henrique Pereira.“Mas o grande trecho central demanda praticamente a construção de uma estradanova. Ele deve ser objeto de um licenciamento ambiental completo”, defendeu. “A criação das unidades de conservação no entorno da rodovianão dispensa o licenciamento da obra. Esta é uma questão que ainda precisamosresolver”, reconheceu Eck. De acordo com o Departamento Nacional de Infra-Estrutura emTransportes (Dnit), 660 dos 878 quilômetros da BR-319 estão intransitáveis. Oprojeto de recuperação prevê o asfaltamento de 238 quilômetros até o fim doano. Até fevereiro último, porém, apenas 20 quilômetros tinham sidorecuperados, nos trechos próximos a Manaus e a Porto-Velho.