Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - O diretor geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, garantiu hoje (26) que, mesmo com a estiagem e o baixo nível dos reservatórios no Sul do país, está "totalmente descartado" o risco de racionamento de energia na região. Segundo ele, ainda que a situação piore, o fornecimento de enrgia será mantido.Desde o início da estiagem, a região Sul tem recebido uma média de 5 mil megawatts diários de energia da região Sudeste para sustentar o consumo dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. “A estratégia de transferência está atendendo cerca de 65% da carga necessária para o Sul”, afirmou o diretor. Atualmente, a carga total dos três estados é próxima a 8 mil megawatts.O presidente da Companhia Paranaense de Energia (Copel), Rubens Ghilardi, esclareceu que na operação de transferência, a energia tem o mesmo preço, ou seja, não há prejuízo para o consumidor, uma vez que é um mecanismo previsto no próprio sistema interligado de energia.Chipp reuniu-se com representantes de 20 empresas da região para tratar do fornecimento e do intercâmbio de energia entre o Sul e o Sudeste. “Não há obrigatoriedade de economia por parte do consumidor. Se for uma coisa voluntária ótimo, mas ainda não há a menor necessidade”, afirmou.Na reunião, o diretor do ONS disse que a Usina Elétrica a Gás de Araucária, que tem potência instalada de 468 megawatt, deve entrar em operação até o final de agosto. Mais cinco geradoras térmicas do Rio Grande do Sul, que juntas somam s 1,056 mil megawatts, também vão contribuir para elevar a geração de energia.De acordo com Chipp, em 2001, ocorreu o inverso: o Sul enviava energia para as regiões Sudeste e Nordeste.O ONS é uma entidade do direito privado sem fins lucrativos responsável pela coordenação e controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN). Está sob a fiscalização e regulação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).