Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) está fiscalizando os problemas de atrasos e cancelamentos de vôos da Varig nos aeroportos de São Paulo. Segundo o órgão, as irregularidades podem custar à companhia aérea multas que variam de R$ 212 a R$ 3 milhões.“Estamos acompanhando o caso da Varig desde o começo. Não fizemos a fiscalização em razão da venda que ainda estava indefinida. Mas, a partir do momento que houve a compra, a Varig deveria operar normalmente”, disse o chefe do gabinete do Procon, Carlos Coscarelli, em entrevista à Agência Brasil. “O que ocorreu foi exatamente o contrário, ela continuou a fazer os cancelamentos de vôos”.Na segunda-feira (24), fiscais do Procon estiveram no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, e constataram 11 irregularidades nos vôos da companhia, das quais sete em vôos nacionais e quatro em internacionais. Isso fere o artigo 48 do Código do Consumidor, que trata sobre descumprimento de contrato.Segundo Coscarelli, os consumidores que se sentirem lesados podem procurar pessoalmente os postos do Procon em São Paulo, nos Poupatempos de Itaquera, Praça da Sé ou Santo Amaro. “Estamos criando uma ação civil pública por indenização, por danos morais e materiais, e gostaríamos que houvesse registros de reclamações", disse. "Estamos pedindo para que os consumidores façam o relato dos ocorridos para que a gente tenha um bom material para desenvolver uma ação civil pública”.