Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O superávit primário dosetor público não-financeiro (governo central, estados, municípios e empresasestatais) alcançou R$ 10,44 bilhões no mês de junho, 65,7% a mais que em maio e31, 9% maior que em junho do ano passado, de acordo com relatório de PolíticaFiscal divulgado hoje (26) pelo Banco Central.Todos os segmentos do setorpúblico registraram superávit primário (economia para pagamento de juros dadívida). O governo central (Banco Central, Tesouro Nacional e PrevidênciaSocial) economizou R$ 6,87 bilhões, os governos regionais pouparam R$ 1,47bilhão e as empresas estatais, R$ 2,09 bilhões.No acumulado do ano, ogoverno central fez uma poupança de R$ 57,15 bilhões, o que equivale a 5,77% doProduto Interno Bruto (PIB) – soma das riquezas produzidas pelo país; mas ficouabaixo da economia feita no primeiro semestre de 2005, equivalente a 6,53% doPIB. Os governos regionais pouparam R$ 11,55 bilhões (1,17% do PIB) e asestatais contribuíram com R$ 7,06 bilhões (0,71% do PIB).O relatório do DepartamentoEconômico do BC mostra que o superávit primário acumulado nos últimos 12 meses passoude R$ 89,89 bilhões em maio (4,50% do PIB) para R$ 90,71 bilhões em junho(4,51% do PIB), acima, da meta de 4,25% definida pelo Conselho MonetárioNacional (CMN).A economia não foi suficiente, porém, paracobrir as necessidades de pagamento com os juros da dívida, que só no mês dejunho somaram R$ 17,43 bilhões, ou 143,57% a mais que os R$ 7,15 bilhões pagosem maio. No ano, o poder público já desembolsou R$ 81,64 bilhões com juros, eno acumulado dos últimos 12 meses a conta sobe para R$ 158,65 bilhões (7,90% doPIB). As necessidades de financiamento do país, de julho/2005 a junho/2006,somam R$ 67,94 bilhões.