Monique Maia
Da Agência Brasil
Brasília - O programa Turismo Sustentável e Infância pretende mobilizar e conscientizar 40 mil profissionais da área de turismo em 21 estados, até o final de outubro, para o combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. Em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), Federação Brasileira de Conventions & Visitors Bureau e Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), serão realizados seminários e os trabalhadores também receberão uma cartilha contendo as diretrizes do Código de Conduta para o setor de turismo, a ser adotado em cada estado, de acordo com a realidade de cada região. A coordenadora do Centro de Excelência em Turismo da UnB, Núbia Macedo, informou que os seminários serão ministrados por professores também das áreas de Ciências Sociais, Administração e Marketing. E que o programa prevê a aplicação de jogos de simulação para que o trabalhador e o empresário saibam agir em cada situação. “Esperamos que seja um trabalho com sucesso para preservar a nossa criança e nosso adolescente desse mal que é a exploração e existe, infelizmente, também em outros países", acrescentou. Segundo o coordenador do programa, Sidney Alves Costa, a questão foi levada ao Conselho Nacional de Turismo, que aprovou um plano de ações no país, incluindo as campanhas lançadas em 2004, com o objetivo de difundir o disque-denúncia – um serviço de abrangência nacional e gratuito, pelo número 100 – e mobilizar a população para enfrentar o problema. “Antes era uma fase de conscientização nacional. Agora nós estamos indo direto àqueles que fazem atividades relacionadas ao turismo. Nós estamos levando uma mensagem específica para eles”, disse. Dados do Disque Denúncia Nacional (DDN), da Secretaria Especial de Direitos Humanos, apontam que de 2003 a maio deste ano foram registradas 18.195 mil denúncias de todo país e que deste total, 27,9% foram relacionadas a abuso e exploração sexual. O Distrito Federal lidera o ranking, seguido pelos estados do Amazonas e do Maranhão.