Preços ao consumidor caem com menos intensidade na terceira semana de julho

24/07/2006 - 10h34

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os preços ao consumidorcaíram com menos intensidade na terceira semana de julho, registrando deflaçãode 0,04%. O resultado foi 0,09 ponto percentual superior à taxa registrada na semanaanterior, segundo informações divulgadas hoje (24) pela Fundação Getúlio Vargas(FGV).A terceira leitura de julhobaseou-se na variação dos preços apurados entre 23 de junho e 22 de julho ecomparados aos preços vigentes entre 23 de maio e 22 de junho. O grupoAlimentação foi o que mais subiu, apesar de ainda registrar deflação.Na terceira semana de julho,os preços dos alimentos, responsáveis, segundo a FGV, por mais de 80% do avançodo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), caíram 0,34%, enquanto nasemana anterior haviam recuado 0,64%. Os principais destaques foram: frutas (quedade 1,06% para 4,01%), carnes bovinas (variação de -1,65% para 1,17%) e massas efarinhas (de 0,04% para 0,29%).Os preços do grupoTransportes caíram com menos intensidade, passando de deflação de 0,19% paradeflação de 0,06%. As principais contribuições vieram do álcool combustível(que passou de -2,16% para –0,59%) e da gasolina (-0,63% para –0,15%).Também avançaram os preçosdo grupo Educação, Leitura e Recreação, passando da estabilidade para 0,24%. Deacordo com a FGV o subgrupo Educação respondeu pela quase totalidade da alta dogrupo.Em movimento inverso, osgrupos Habitação e Saúde e Cuidados Pessoais recuaram na passagem de uma semanapara outra. No primeiro grupo, em que a variação foi de 0,04% para –0,02%, aprincipal influência veio de Empregados Domésticos (0,89% para 0,60%). Já nogrupo Saúde e Cuidados Pessoais, que passou de 0,27% para 0,19%, o destaque foiplanos de saúde (de 1,27 para 1,02%).Os preços dos gruposVestuário (0,40% para 0,38%) e Despesas Diversas (0,03% nos dois períodos),segundo a FGV, se mantiveram estáveis no período analisado.Parao cálculo do IPC-S, a Fundação Getúlio Vargas pesquisa os preços de 450produtos e serviços usados por famílias com renda mensal de até 33 saláriosmínimos e residentes em sete capitais brasileiras (Rio de Janeiro, São Paulo,Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Brasília).