Candidatos fazem propostas para enfrentar violência

14/07/2006 - 23h46

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Heloisa Helena Os candidatos à Presidência da República fizeram declarações, esta semana, de como deveria ser enfrentada a violência, que culminou nos ataques na capital paulista, atribuídos ao grupo criminoso Primeiro Comando da Capital (PCC).O candidato Geraldo Alckmin, da coligação Por um Brasil Decente (PSDB/PFL) disse ser contrário à vinculação de recursos para segurança pública pois isso “engessaria” o orçamento. Como propostas para o setor, destacou que é preciso mudar a legislação e endurecer o Código Penal. Segundo ele, o governo federal também precisa combater o tráfico de armas e o narcotráfico atuando nas fronteiras.Alckmin, ex-governador de São Paulo, dise ter tratado do tema esta semana com seu sucessor no cargo, Cláudio Lembo (PFL). “O governo de São Paulo está tomando todas as medidas para combater a violência”, garantiu. Alckmin disse que não é contra a ajuda do governo federal para controlar os ataques de violência em São Paulo. “Não vejo problema com essa ajuda, só que o governo federal está vendendo isso como solução e mandar 200 homens de outros estados não vai resolver. Se quiser ajudar, tem várias outras formas”, afirmou, pedindo mais verbas para o setor. O pronunciamento de Alckmin foi feito antes do anúncio do ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, de envio de R$ 100 milhões para a segurança pública paulista.A senadora Heloisa Helena, candidata da Frente de Esquerda (P-Sol/PSTU/PCB) propôs hoje que o governo federal coordene um pacto federativo para encontrar soluções para a segurança pública. “O problema da segurança pública é muito mais pela covardia do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional, que não aprova o pacote anti-violência”, referindo ao conjunto de medidas que endurecem as penas de detentos, que está em tramitação na Câmara dos Deputados. “O problema é gravíssimo e exige soluções rápidas”.Durante o lançamento de sua campanha à reeleição, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que não é possível “enfrentar o crime organizado de forma descoordenada”. Por isso, Lula defende a ação conjunta do governo federal com o governo estadual na área da segurança. "O problema é grave e deve ser enfrentado com a união de todos os entes federados. É hora de seriedade e não de mesquinharia."