Elaine Patrícia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A situação está mais calma em São Paulo e as autoridades contabilizam os resultados do combate ao crime organizado. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, 61 suspeitos de participação nos ataques foram presos e três, mortos em confronto com a polícia, da noite de terça-feira (11) até o final da tarde de hoje (14). Eles teriam morrido nas seguintes circunstâncias: ataque a fachada de banco, ataque a fachada de supermercado e tentativa de assaltar um policial.Fora os suspeitos, a onda de violência no estado de São Paulo causou a morte de seis pessoas, segundo dados da SSP: três vigilantes particulares da Baixada Santista, um guarda municipal em Cabreúva e um policial militar e sua irmã na capital.Depois da tensão de ontem, as empresas de ônibus voltaram a operar normalmente. Segundo a SPTrans, que gerencia o transporte coletivo da capital, nenhum novo ataque foi registrado desde a madrugada. A empresa contabiliza 55 ônibus atacados: 53 queimados e dois alvejados.Apenas uma agência bancária, na zona leste da capital, foi atacada hoje, durante a madrugada. Segundo levantamento divulgado pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, o novo caso se soma às cinco agências atacadas na quarta-feira e dez ontem.Até o início desta noite, a SSP não havia divulgado um novo balanço da violência no estado, mais de 24 horas após o último, das 15h13 de ontem. Segundo a assessoria de imprensa, o órgão não recebeu novos dados das diferentes áreas ligadas à segurança, como as polícias Civil e a Militar.Já os agentes penitenciários não parecem ter sido tranqüilizados pela diminuição da violência e ameaçam não trabalhar novamente neste final de semana. A informação foi dada hoje pelo Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp).Segundo o sindicato, os funcionários do complexo penitenciário de Campinas-Hortolândia já começaram a paralisação, em protesto pela morte de um funcionário na quarta-feira. O trabalho no complexo será limitado aos serviços básicos de alimentação e atendimento médico, com suspensão das visitas, entregas de encomendas e soltura dos presos.Pelos dados da assessoria de imprensa do sindicato, seis agentes penitenciários morreram desde o dia 28 de junho, somando-se aos nove mortos durante os atentados de maio. O órgão também estima a ocorrência de seis ou sete atentados sem vítimas em todo o estado. Dois funcionários permanecem internados em observação, um em Campinas e outro, em estado mais grave, em São Paulo.