Emprego na indústria cresceu 0,2% em maio

14/07/2006 - 15h14

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O número de contrações na indústria brasileira no mês de maio superou o de demissões, na comparação com abril. A taxa, positiva há dois meses, foi de 0,2%. Em relação ao mesmo período do ano passado, no entanto, houve mais demissões do que contratações, com queda de 0,4% no nível de emprego. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário, divulgada hoje (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado do ano, o índice registra leve expansão de 0,6%.Na comparação com maio de 2005, houve redução do emprego em 11 das 18 atividades, com destaque para calçados e artigos de couro (-11,4%) e máquinas e equipamentos (6,5%). Os estados onde as demissões superaram as contratações foram Rio Grande do Sul (-7,6%), com destaque para calçados e artigos de couro (-14,8%); Paraná (-4,0%), com maior queda na indústria de madeira (-16,9%), e a região Nordeste (-2,4%), principalmente vestuário (-7,2%). As regiões Norte, Centro-Oeste e o estado de São Paulo foram os que mais influenciaram positivamente o resultado, puxados principalmente pelas contratações no setor de alimentos e bebidas (27,1%). Esse foi o setor que exerceu maior pressão positiva também no índice nacional, com expansão de 8,5%, além de máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e comunicações (6,8%).Ainda de acordo com a pesquisa, o poder de compra dos trabalhadores da indústria cresceu 0,7% na passagem de abril para maio, mas não houve variação em relação ao mesmo período de 2005. Ainda na comparação com maio do ano passado, houve aumento do rendimento em dez dos 14 locais pesquisados. A principal influência positiva veio de Minas Gerais (9,3%) e a negativa, do Rio de Janeiro (-14,2%). Houve redução da folha de pagamento em dez das 18 atividades investigadas, com destaque para a indústria extrativa (-25,9%) e de máquinas e equipamentos (-7,3%). Os setores em que os trabalhadores tiveram maior aumento do poder de compra foram produtos químicos (13,2%), meios de transporte (4,4%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (9,8%).