Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A minirreforma eleitoral, aprovada este ano pelo Congresso Nacional, terá pouco impacto para acabar com os financiamentos ilegais de campanhas, acredita Cláudio Weber Abramo, presidente da Transparência Brasil. A organização da sociedade civil, que defende formas de controle público do Estado, participou hoje (13) do 33º Encontro de Presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs). Abramo levantou polêmica entre os magistrados, ao dizer que a minirreforma eleitoral terá pouca eficácia.A melhor forma de combater as doações irregulares, segundo Abramo, seria por meio de um trabalho permanente e sistemático da Receita Federal. "Só existe caixa dois nas campanhas, porque existe caixa dois nas empresas. Cabe à Receita investigar e punir esta forma de crime", disse Abramo. A Transparência Brasil vai divulgar, até o fim do mês, a lista com todos os candidatos que vão tentar a reeleição, trazendo um histórico pessoal de cada um, inclusive com informações se eles respondem a processos criminais ou eleitorais.A partir das eleições deste ano, a Receita Federal irá auxiliar na fiscalização dos candidatos. Uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determina que a Receita pode dar pareceres sobre a situação fiscal de candidatos, partidos, doadores de campanha e até fornecedores de material ou serviços para candidatos.