Juliana Andrade
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A partir de agosto, ogoverno federal e os governos estaduais deverão implementar oprojeto Educando para a Liberdade em penitenciárias epresídios de mais seis estados brasileiros: Acre, Pará,Pernambuco, Espírito Santo, Maranhão e Mato Grosso doSul. Com isso, chegará a 12 o número de unidadesfederativas que, com o apoio da União, colocaram em práticaações voltadas à formação deeducadores e à revisão de aspectos pedagógicospara a educação no sistema prisional.Como experiênciapiloto, o projeto vem sendo desenvolvido no Rio Grande do Sul, noParaná, em Tocantins, em Goiás, no Rio de Janeiro e noCeará, desde o final do ano passado. O Educando para aLiberdade é financiado pelos ministérios da Justiçae da Educação e desenvolvido em parceria governosestaduais.Outro foco do projeto épromover a articulação entre as secretarias estaduaisde educação e as secretarias responsáveis pelaadministração penitenciária. Segundo o diretordo Departamento de Jovens e Adultos da Secretaria de EducaçãoContinuada, Alfabetização e Diversidade do Ministérioda Educação (MEC), Timothy Ireland, um dos objetivos émelhorar a qualidade da educação oferecida no sistemaprisional.De acordo com odiretor, amanhã (13), durante o Seminário Nacional pelaEducação nas Prisões, deverá serdivulgado um diagnóstico sobre o perfil dos educadores, dosestudantes e da infra-estrutura disponível nas penitenciáriaspara a educação dos presos. O estudo foi feito com baseem informações colhidas nos seis estados que jáparticipam do projeto.Para Ireland, a faltade espaço físico para o ensino nos presídiosmais antigos tem sido um dos principais dificuldades enfrentadospelos professores. "Não há espaço adequadopara salas de aula, não há espaço para salas deleitura ou bibliotecas, muitas instalações sãoantigas". Segundo ele, atualmente o Departamento PenitenciárioNacional (Depen), do Ministério da Justiça, sóaprova planos para a construção de presídios sea planta destinar espaço para a instalação desalas de aula.Nos outros seis estadosque vão participar do programa, as atividades devem começarem agosto e se estender até o fim do primeiro semestre de2007, informou o diretor.Segundo Timothy Ireland, todos os convênios foram assinados atéo 30 de junho. Os governos estaduaisestão detalhando os planos de trabalho a serem desenvolvidos.A implementação do projeto será feita sob asupervisão de técnicos dos ministérios daEducação e da Justiça.