Juliana Andrade
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Além de melhorara qualidade do ensino no sistema prisional, os ministérios daJustiça e da Educação pretendem aumentar onúmero de presos que têm acesso ao ensino no país.O diretor do Departamento de Jovens e Adultos da Secretaria deEducação Continuada, Alfabetização eDiversidade do Ministério da Educação (MEC),destaca que a educação é um direito de qualquercidadão, "seja em liberdade, ou sem liberdade". No Brasil, dos 361 milpresos, apenas 18% participam de alguma atividade educativa durante ocumprimento da pena, apesar de a Lei de Execução Penalgarantir ao preso o direito à educação. Do totalda população carcerária, 10% sãoanalfabetos e 70% não terminaram o ensino básico,segundo informações do Ministério da Justiça."Precisamos tantoestimular os estados a ampliar o número de vagas em todos osníveis de ensino, como buscar também a qualidade eoferecer uma educação que é pertinente, que dizrespeito às demandas e aos interesses dos própriospresos", defendeu Ireland, em entrevista à AgênciaBrasil.O diretor ressaltoutambém a importância da educação para areinserção social dos presos. "Acreditamos que aeducação, de um lado é um direito do cidadão,de outro lado, permite que a pessoa tenha mais escolhas, inclusive,na questão do acesso ao mercado de trabalho", destacou.