Márcia Wonghon
Repórter da Agência Brasil

Recife - Equipes do Instituto de Criminalística de Pernambuco e da coordenadoria municipal de Defesa Civil iniciaram hoje (28) um levantamento com objetivo de identificar os fatores que contribuíram para o desmoronamento parcial de um sobrado de dois pavimentos, no centro da capital pernambucana.

A queda de parte da estrutura de concreto do prédio, ocorrida ontem (27) à noite atingiu três imóveis residenciais e um comercial. Sete pessoas morreram e oito ficaram feridas em conseqüência do desabamento. Entre as vítimas fatais estavam três crianças.

O último corpo a ser encontrando pelos bombeiros, entre os escombros, foi o da dona-de-casa Maria do Socorro Fonseca, de 62 anos. Ela morava em uma casa próxima ao edifício que ruiu. O casarão tinha sido ocupado em agosto do ano passado por 24 famílias de sem teto que foram despejadas do local por ordem judicial em favor do proprietário.

Toda a área em volta do prédio desmoronado foi isolada por medida de segurança uma vez que dois imóveis ameaçam cair. Diversas edificações da mesma rua estão em situação precária de conservação, sem manutenção das instalações elétricas e hidráulicas há vários anos.

O major José Valdir, do Corpo de Bombeiros, disse que o isolamento da área da ocorrência foi necessário para evitar novos acidentes já que a fachada do sobrado ficou intacta, mas apresenta rachaduras e corre risco de cair a qualquer momento.

Equipes da defesa civil interditaram oito casas próximas ao prédio que ficou em ruínas. Os moradores desocuparam os imóveis, no entanto, não puderam retirar os pertences. Assessora de planejamento da Prefeitura do Recife, Paula Mendonça, disse que a demolição do que restou será inevitável.