Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio - O juiz Robert Drain, da Corte de Falências de Nova Iorque, confirmou hoje (28) que a liminar que protege os aviões da Varig de arresto pelas empresas internacionais de leasing (aluguel) terá validade até o dia 21 de julho.

A decisão prevê que as empresas que quiserem de volta seus aviões devem formalizar os pedidos diretamente à Varig, por meio do advogado da companhia nos Estados Unidos, Rick Antonoff.

Em nota, o presidente da Varig, Marcelo Bottini, afirmou que "remeter as pendências entre Varig e os lessores [as empresas de aluguel] de volta à esfera das empresas envolvidas, sem ameaças judiciais, foi um grande ganho".

Para Bottini, o juiz norte-americano considerou, mais uma vez, as negociações em curso no Brasil para venda da Varig. Segundo ele, essa é uma oportunidade ideal para que os investidores interessados na companhia aérea, dentre os quais, a VarigLog, possam negociar a permanência de aeronaves na rota da companhia.

A decisão de Drain de estender a liminar até julho foi anunciada na semana passada, mas estava condicionada ao depósito da parcela inicial de U$ 75 milhões pela compra da Varig pela NV Participações, que não conseguiu reunir o dinheiro necessário para honrar o compromisso fixado no edital do leilão judicial da empresa.

A Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero) informou que até o meio-dia de hoje 146 vôos da Varig foram cancelados, dos quais 123 domésticos e 23 internacionais. Os vôos cancelados representam 73% dos 200 vôos da companhia que estavam programados.