ELEIÇÕES 2006 – Movimentos sociais lançam Projeto Brasil com marchas

28/06/2006 - 17h39

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – Cerca de 300 integrantes de movimentos sociais participaram, esta tarde, de uma passeata que culminou com um ato público na Praça da Sé, centro paulistano. A manifestação foi organizada pela Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) para divulgar à população o Projeto Brasil, que é um conjunto de reivindicações dos movimentos sociais para o governo. O documento foi redigido em abril, durante o 2º Fórum Social Brasileiro, em Recife.

Participaram do ato na capital paulista entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira Estudantil (UBES), Central de Movimentos Populares (CMP), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), entre outras. As manifestações ocorreram também em outras capitais brasileiras.

O projeto contém uma série de itens considerados pelos movimentos sociais como essenciais para o avanço do país, segundo Raimundo Bonfim, diretor nacional da CMP. "Entre eles estão a redução da taxa de juros, o crescimento econômico com distribuição de renda, mais investimento nas áreas sociais e uma participação efetiva da sociedade nas grandes decisões do país", diz.

Bomfim considera que, apesar da importância dos partidos políticos e governos, é necessário que a sociedade civil tenha sua própria pauta de reivindicações para que o debate avançar. "Por isso nosso propósito hoje é lançar nas várias capitais esse documento e chamar a população para uma discussão mais aprofundada para que possamos no próximo governo, independentemente de quem seja, avançarmos nessas propostas".

O militante explicou que neste primeiro momento não há intenção dos movimentos sociais de encaminhar o Projeto Brasil para os candidatos à presidente da República e sim abrir um debate com a sociedade. Bomfim informou que em setembro serão realizados novos atos para divulgar e debater o Projeto Brasil. No início do próximo governo os movimentos sociais apresentarão esses pontos ao governo eleito.