Valéria Amaral
Da Agência Brasil

Brasília – A Confederação Nacional da Indústria (CNI) está elaborando um documento com as dez prioridades do setor para o próximo governo federal. O documento "Crescimento. A visão da indústria" aponta como metas: redução de gastos públicos, reforma tributária, infra-estrutura de qualidade, aumentar os mecanismos de financiamento, reforma nas relações de trabalho, desburocratização do Estado, inovação tecnológica, educação, política comercial e meio ambiente.

"Não é possível mais continuar com a farra do dinheiro público", afirmou durante o lançamento Carlos Eduardo Moreira Ferreira, presidente da CNI, a respeito da gestão do Estado. A divulgação da versão preliminar do documento foi feita durante o Encontro Nacional da Indústria, que começou hoje (28) em Brasília e vai até amanhã.

Um dos pontos chaves para a elaboração da agenda é a frustração, segundo Moreira Ferreira, com a lenta taxa de crescimento da economia brasileira. "Nós estamos patinando na economia. Queremos influir no programa de governo para que o presidente eleito ou reeleito não passe os próximos quatro anos divagando. Nós queremos ação e compromisso", afirmou o presidente da CNI.

Segundo dados apresentados pela CNI, nos últimos dez anos, a renda per capita do Brasil cresceu em torno de 0,7% ao ano. Dessa forma, o país levará um século para dobrar a renda e equiparar-se com a de Portugal, por exemplo. A agenda de prioridades será aprovada amanhã (29) durante o encerramento do encontro. Moreira Ferreira defendeu as reformas política, da previdência e trabalhista para tornar o país mais competitivo.

A CNI pretende entregar a pauta com dez sugestões a todos os candidatos à presidência registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo Moreira Ferreira, a tentativa é fazer com o presidente eleito incorpore já no primeiro ano de governo as prioridades da indústria que garantam um crescimento sustentável.