ELEIÇÕES 200 – Feministas discutem novas políticas para homens e mulheres

28/06/2006 - 18h40

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – A discussão sobre os projetos para o futuro do país, levadas pela Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), têm contado com a participação de organizações feministas. Essa é a prova de que as mulheres estão discutindo sobre o rompimento das desigualdades sociais existentes, na opinião de Ticiana Studart, uma das coordenadoras da Marcha Mundial das Mulheres, que participou hoje (28) da manifestação realizada pela CMS, na Praça da Sé, centro paulistano.

As manifestações, que ocorreram em diversas capitais do país, tiveram por objetivo divulgar à população o Projeto Brasil. O projeto é uma plataforma de reivindicações dos movimentos sociais em prol de mudanças políticas, econômicas e sócias para o país.

Studart considera que todas as reivindicações contidas no Projeto Brasil são gerais, mas também contemplam a vida das mulheres. "Se propomos um outro modelo econômico voltado para distribuição de renda, isso já afeta concretamente a vida das mulheres". Segundo ela, a sociedade brasileira é estruturada na desigualdade de classe, mas também de gênero, raça, geração e orientação sexual. "É papel dos movimentos sociais pensar em um projeto de desenvolvimento que rompa com essas desigualdades".

Mas há pautas específicas para as mulheres, aponta Studart, como a defesa da garantia dos direitos sexuais e reprodutivos. "Quando falamos nesses direitos estamos discutindo a legalização do aborto, por exemplo", explica.