Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (23) que a sociedade tem de contribuir para a melhoria da educação no país. Segundo o presidente, educação é não é uma tarefa apenas dos governantes.
"Se ficar dependendo do governo federal, estadual, municipal para arrumar dinheiro, aprovar no orçamento e fazer, todo mundo sabe que vai demorar muito mais. É preciso descobrir uma palavra mágica: com o que cada um de nós pode contribuir. É bobagem ficar achando que o problema é do governo que está, que passou, do governo que vem. Nós somos passageiros, os governos são passageiros", afirmou Lula, ao participar da 16ª Reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, no Palácio do Planalto. O tema do encontro foi educação.
O presidente reconheceu que é preciso reformar as escolas e melhorar os salários dos professores para que os profissionais tenham prazer de atuar no ensino público. "Não vamos nunca motivar uma pessoa a ser um extraordinário educador se a gente não garantir que essa pessoa, no final do mês, tenha como resultado do seu trabalho o mínimo de condições de sobrevivência", afirmou.
De acordo com o presidente, outra deficiência da educação brasileira Lula é a falta de métodos que verifiquem se as crianças estão aprendendo. Segundo ele, os estados são responsáveis por essa fiscalização. "No nosso sistema, cada estado é responsável pelo ensino fundamental".
Lula ressaltou que o Fundo da Educação Básica (Fundeb) vai garantir "equilíbrio na formação das crianças brasileiras" nas cinco regiões do país. O presidente voltou a criticar o Congresso Nacional pela demora na votação do Orçamento da União para este ano. "Quanto mais tempo passar sem se votar o Orçamento, menos dinheiro a gente vai gastar a cada ano. Já poderíamos estar gastando, aí, alguns milhões, e não estamos gastando porque o Orçamento não foi aprovado".
O presidente disse ainda que vai dar continuidade ao plano de recuperação das estradas, que, segundo ele, "deixou algumas pessoas zangadas". "Nós vamos continuar fazendo, porque o que conta são os caminhoneiros e os motoristas de carros".