Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio – O projeto de revitalização da área portuária do Rio de Janeiro não é novo, admite o presidente da Companhia Docas do Estado do Rio, Antonio Carlos Soares. "A novidade é o projeto sair do papel e começar a ter consequência prática e ser efetivado".
O executivo afirmou que, para que esse projeto seja viabilizado, Docas está fazendo investimentos que não foram feitos no complexo portuário do Rio de Janeiro nos últimos 20 anos. Em apenas dois anos, os investimentos devem somar R$ 116 milhões, injetados pelo governo federal e a Companhia Docas, informou.
Os recursos estão sendo canalizados para obras como a desobstrução do ramal ferroviário e a construção de novo acesso rodoviário para facilitar o fluxo de caminhões, que não precisarão mais passar pelo centro da cidade para alcançar o porto. Antonio Carlos Soares elencou, também, entre as iniciativas para revitalização da área portuária do Rio de Janeiro a transferência da sede da Polícia Federal, hoje localizada na Praça Mauá.
Outras obras integram o projeto piloto do Porto do Rio de Janeiro, entre as quais a pavimentação das pistas internas do porto; dragagem do canal; envelopamento das canaletas e dutos, para evitar que fiquem expostos. Também está prevista a construção de uma subestação de energia elétrica, para ampliar a capacidade do porto, eliminando as limitações operacionais; demolição do frigorífico, hoje não mais necessário diante da existência de contêineres com frigoríficos.
Soares destacou, por outro lado, o processo de recuperação estrutural da própria Companhia Docas, que chegou a compor a lista de empresas em extinção em governos anteriores. "A nova Companhia Docas do Rio de Janeiro está sendo reestruturada e reequipada para que ela possa se desenvolver e gerenciar os portos", afirmou. Essa recuperação de Docas contribui, segundo Soares, para a efetivação do projeto de revitalização do completo portuário fluminense.