Michèlle Canes
Da Agência Brasil

Brasília - A venda de medicamentos a preços mais baixos nas farmácias da rede privada é um avanço para o sistema de saúde, afirma a Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Febrafarma), em nota divulgada hoje (23). Com a integração entre farmácias privadas e governo, acrescenta a nota, pessoas que antes não tinham como comprar remédio passarão a contar com esse benefício.

"A medida representa um avanço vindo ao encontro de uma antiga tese da indústria farmacêutica, segundo a qual o desenvolvimento da cadeia farmacêutica deve contemplar a função social de alargar o mercado consumidor de medicamentos (do qual estão excluídos milhões de brasileiros), sem, no entanto, desconsiderar a lógica econômica", afirma a nota.

A Febrafarma considera ainda que o futuro da indústria depende de programas como o Farmácia Popular, "capazes de gerar benefícios múltiplos à população, em termos de saúde e qualidade de vida, e ao país, na forma de ampliação do mercado, aumento da competitividade e geração de conhecimento".

A expansão do programa Farmácia Popular, anunciada hoje, prevê que a partir de amanhã cerca de 1.200 estabelecimentos poderão vender cinco remédios para hipertensão e três para diabetes com descontos que variam de 50% a 90%. Para comprar os medicamentos, o consumidor deve levar à farmácia a receita médica (válida por 180 dias) e seu CPF.