Extensão do Farmácia Popular será um marco na história da saúde no país, diz Lula

23/03/2006 - 18h47

Nelson Motta
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (23) que a extensão do programa Farmácia Popular a 1.200 drograrias privadas do país vai ser um "marco na história da saúde no Brasil". O sistema começa a funcionar amanhã (24).

"É um avanço extraordinário, porque as farmácias estarão mais à disposição do cidadão, não apenas para comprar remédios", ressaltou o presidente, no Palácio do Planalto, durante a cerimônia de extensão do programa Farmácia Popular do Brasil para farmácias e drogarias privadas.

Segundo o Ministério da Saúde, com a adesão das redes comerciais à Farmácia Popular, alguns medicamentos para hipertensão e diabetes serão vendidos nesses estabelecimentos com preços até 90% menores que os cobrados hoje, o que beneficiará diretamente cerca de 11,5 milhões de pessoas. Inicialmente, serão oferecidas cerca de 200 apresentações de medicamentos para hipertensão e diabetes, com oito princípios ativos.

Lula afirmou que, em pouco tempo, a Farmácia Popular poderá estar em todas as drogarias brasileiras para atender a quem precisa dos remédios. "Ao invés de uma pessoa sair, pegar um ônibus para ir localizar remédio mais barato, a farmácia vai procurar a pessoa na sua vila, e dizer estou aqui, compre. O cidadão vai poder tomar o seu remédio mais barato", disse ele.

Para que os medicamentos da Farmácia Popular sejam oferecidos em drogarias e farmácias privadas, o Ministério da Saúde informou que foi desenvolvido um sistema de co-participação, em que governo federal e pacientes dividirão as despesas, cabendo ao governo arcar com o custo de 50% a 90% do preço do medicamento.

De acordo com o minstério, a estimativa é de que 16,8 milhões de brasileiros, com idade igual ou superior a 40 anos, sofram de hipertensão. Desse total, cerca de 7,7 milhões estão cadastrados no Sistema Único de Saúde (SUS) e já recebem os medicamentos gratuitamente.

No caso do diabetes, o ministério informa que o número total de portadores da doença no Brasil é de cerca de 5 milhões, também na faixa acima de 40 anos. Desses, 2,6 milhões são pacientes do SUS. Na farmácia, o paciente deve apresentar o CPF e a receita médica (válida por 180 dias).