Márcia Wonghon
Repórter da Agência Brasil

Recife - O estado de Pernambuco, que chegou a registrar uma média de 4,5 mil novos casos de tuberculose por ano, conseguiu reduzir a incidência da doença no ano passado. Foram notificadas 300 ocorrências a menos. O número de mortes em conseqüência da enfermidade também baixou de 5,2% para 3,8% das pessoas infectadas.

A coordenadora estadual do Programa de Controle da Tuberculose, Patrícia Carneiro, atribui a diminuição do número de casos à detecção precoce de pessoas infectadas pelo bacilo de Koch. Segundo ela, o trabalho das equipes do Programa Saúde da Família tem sido fundamental para quebrar a cadeia de transmissão.

Nas casas visitadas diariamente, os agentes comunitários tentam identificar os pacientes com os sintomas da doença, que se propaga quando gotículas de secreção do pulmão são lançadas no ar, por meio de tosse, espirro ou escarro dos doentes.

Em Pernambuco, o maior número de registros de tuberculose vem sendo contabilizado nos municípios da região metropolitana. "Nessas cidades o ambiente favorece o surgimento da doença, uma vez que existe maior agrupamento de pessoas em condições socioeconômicas precárias", destaca Carneiro.

A coordenadora da secretaria estadual de Saúde explica que as campanhas de prevenção, realizadas em parceria com o Ministério da Saúde e outras instituições contribuem para conscientizar a população sobre a importância de adotar medidas preventivas. "Mostramos que a tuberculose existe, mas tem tratamento gratuito e cura", conta.

Uma caminhada pelas ruas do centro da capital pernambucana vai marcar amanhã (24) as comemorações do Dia Mundial de Combate à Tuberculose. O evento, promovido pela secretaria estadual de saúde, conta com o apoio de orquestras de frevo e arte educadores. Durante o percurso a população será orientada sobre sintomas, tratamento e medidas para evitar contrair a tuberculose.