Laudo assegura que rio Muriaé (RJ) não foi contaminado com resíduos tóxicos

04/03/2006 - 7h15

Vítor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio - Um laudo da Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema) concluiu que o rio Muriaé, no noroeste do estado, não foi contaminado pelo despejo de 400 mil metros cúbicos de resíduos de tratamento de bauxita (matéria-prima do alumínio), ocorrido na última quinta-feira (2). De acordo com a assessoria de imprensa da Feema, os habitantes do município de Laje do Muriaé continuarão sendo abastecidos por carros-pipas da Cedae (companhia de águas do estado) até que a água esteja menos turva, mesmo sem ter sido constatado qualquer resíduo tóxico na análise feita.

Os resíduos do tratamento de bauxita foram despejados nos rios da região devido ao rompimento de uma barragem da mineradora Rio Pomba Cataguases, em Minas Gerais. Primeiro, os resíduos chegaram ao rio Fubá e, logo em seguida, alcançaram o rio Muriaé, afluente do rio Paraíba do Sul que abastece a cidade de Laje do Muriaé.

De acordo com a Feema, a água está turva por causa da grande quantidade de lama no rio e, provavelmente, chegará com grande quantidade de barro também à cidade vizinha de Itaperuna. A Feema informou ainda que a estação de tratamento de água de Laje do Muriaé é pequena e que precisará sofrer ajustes para garantir a retirada desse barro e a qualidade da água fornecida à população.