Atividades do fórum se espalharão por toda Caracas

22/01/2006 - 19h03

Spensy Pimentel
Enviado especial

Caracas (Venezuela) - Os eventos do 6º Fórum Social Mundial, com início marcado para terça-feira (24), estarão espalhados por toda a cidade de Caracas, em diversos centros universitários e locais públicos como teatros e bibliotecas. Também estão previstas mais de 200 atividades culturais. Os debates que normalmente têm maior visibilidade, reunindo ativistas e intelectuais ilustres, além dos integrantes do comitê internacional do fórum, devem acontecer no Teatro Teresa Carreño e no Parque Central da cidade.

Está prevista a presença de ativistas como a francesa Danielle Miterrand, o belga François Hutard, o egípcio Samir Amin e a canadense Maude Garlow.

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, deve falar em público em pelo menos duas ocasiões. Na noite de sexta-feira (27), ele participa como convidado de um ato político promovido por entidades brasileiras como o Movimento dos Sem-Terra e a Central Unica dos Trabalhadores no Poliedro de Caracas (espécie de espaço cultural, com capacidade para 18 mil pessoas).

No domingo (29), após o encerramento oficial das atividades do fórum, Chávez estará em mesa-redonda com a Assembléia Mundial dos Movimentos Sociais. O evento acontecerá em um espaço mais restrito, com capacidade para pouco mais de 2 mil pessoas.

Os organizadores do fórum destacaram também que nenhum outro chefe de Estado ou governo confirmou ainda participação no evento. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo Lander, foi o único que efetivamente cancelou presença que já era esperada (no mesmo evento de que Chávez participa na sexta).

Num outro segmento do fórum estarão as tendas, espaços que representarão países como Cuba e Brasil, além de temas como Mercosul e os movimentos antiguerra dos Estados Unidos.

O Acampamento da Juventude, outro evento tradicional do fórum, presente desde a primeira edição em Porto Alegre, em 2001, será montado em dois diferentes locais, por limitações de espaço. Na coletiva de hoje, os ativistas negaram divergências entre as organizações do fórum e do acampamento.

Este ano, o Fórum Social Mundial acontece de forma "policêntrica". Nesta segunda (23), termina o fórum em Bamako (Mali) e, até abril, segue em Karachi (Paquistão). No ano que vem, o 7º Fórum Social Mundial deve acontecer em Nairóbi (Quênia).