Brasília - Com escritório no Brasil inaugurado na última segunda-feira (12), a Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI) para a Educação, a Ciência e a Cultura prestará consultoria ao país no monitoramento de experiências bem sucedidas de conversão da dívida externa de outros países em investimentos em educação.
O diretor regional da organização será o antropólogo Daniel González, que em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, destacou a assinatura de convênio para essa consultoria e a parceria na promoção de políticas públicas para ciência e tecnologia, educação e cultura. "Nosso foco principal é também o foco histórico. Em 56 anos de existência, a OIE vem promovendo maior participação da sociedade civil nos países latino-americanos de língua espanhola e também no Brasil", afirmou.
A OEI nasceu em 1949, em conseqüência do 1° Congresso Ibero-Americano de Educação, realizado em Madri (Espanha). Em 1954, durante o Congresso Ibero-Americano de Educação em Quito (Equador), decidiu-se transformar a OEI em organismo intergovernamental, integrado por Estados soberanos, o que aconteceu em 15 de março de 1957 durante o congresso realizado em Santo Domingo.
Com sede em Madri, a OEI conta com escritórios regionais na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, El Salvador, Honduras, México, Nicarágua, Paraguai e Peru. Segundo González, "nós operamos basicamente a partir de projetos e programas que conversamos, debatemos, trabalhamos junto com o governo federal e os governos estaduais e municipais".
O diretor enfatizou que "a integração é fundamental, assim como a questão da língua, já que o Espanhol e o Português são muito próximos e a América Ibérica se distingue no conceito mundial por sua própria identidade". E adiantou que nos próximos anos, "uma de nossas prioridades será apoiar o governo brasileiro na aplicação da lei do ensino do Espanhol".