Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar este ano próximo dos 5,5% como aposta a maioria dos analistas econômicos consultados todas as sextas-feiras pelo Banco Central. De acordo com a média da pesquisa, divulgada hoje (21) pelo BC no boletim Focus, a inflação de 2005 medida pelo IPCA será de 5,53%, e não mais 5,52%, como era o prognóstico da semana passada.
As previsões continuam se distanciando da meta oficial de 5,1% para a inflação ao consumidor. O ritmo, entretanto, é mais fraco, quase estável, ao contrário do mês passado, quando as expectativas inflacionárias eram de 5,21%, pelo "cenário de mercado". Na ocasião, foi sentido o impacto do reajuste de preços dos produtos derivados de petróleo e a média das expectativas aumentou.
Não há sinais no momento de elevação de preços a curto prazo, de modo que a pesquisa do BC prevê IPCA de 0,40% neste mês e de 0,37% em dezembro, o que eleva ligeiramente a projeção de inflação para os próximos 12 meses, de 4,64% para 4,65%. Mas, o prognóstico de inflação para o ano de 2006 cede de 4,60% para 4,55%, de acordo com o boletim Focus.
Existe pequena pressão nos preços administrados por contrato ou monitorados (combustíveis, energia elétrica, telefonia, água, medicamentos, educação, transporte público e outros). O reajuste acumulado desses produtos e serviços aumentou de 7,90% para 8% neste ano, e, em sentido inverso, a perspectiva de correções para 2006 caiu de 4,90% para 4,70%.
O Índice de Preços ao Consumidor, medido pela Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (IPC-Fipe) da Universidade de São Paulo (USP), também se mantém estável: passou de 4,75% para 4,76%. Mas se refere só à capital paulista, onde os preços no mercado atacadista continuam em baixa, e tanto o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) quanto o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) estimam inflação de 1,49% neste ano.