Especial 7 - Filosofia do Samu foi elaborada pelos franceses

20/11/2005 - 11h05

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A filosofia do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) surgiu na França, na década de 60, quando foi criada uma central de regulação para coordenar os serviços móveis de atendimento pré-hospitalar daquele país. A idéia chegou ao Brasil nos anos 80, quando cidades como São Paulo começaram a se preocupar com o atendimento no próprio local da ocorrência médica.

Entre as décadas de 80 e 90, outras cidades também implantaram o Samu, como Porto Alegre, Fortaleza, Recife e Curitiba, cada uma com seu próprio sistema de funcionamento. Em 2003, o Ministério da Saúde nacionalizou o programa, ganhando a adesão desses municípios e ampliando os serviços de atendimento móvel de urgência para outras localidades.

Hoje, são 77 centrais do Samu funcionando em mais de 330 municípios de 22 estados brasileiros, já que algumas centrais abrangem mais de uma cidade. Segundo o balanço mais atualizado divulgado pelo Ministério da Saúde, o Serviço fez, em julho deste ano, 206.082 atendimentos, sendo São Paulo o estado onde houve mais demanda pelo serviço (66.620 atendimentos).

De acordo com o levantamento, dois entre cada três chamados feitos ao Samu são para casos de emergência clínica, como insuficiência respiratória, desmaio, infarto, hipertensão e derrame cerebral. Atendimentos a acidentes como queimadura, choque, traumatismo e ferimentos por bala também são feitos.

Segundo o Ministério da Saúde, o Samu é o principal componente da Política Nacional de Atenção às Urgências e tem por objetivo reduzir o número de mortes, o tempo de internação nos hospitais, as seqüelas decorrentes da falta de socorro precoce e as filas nas emergências hospitalares.

O Serviço é realizado em parceria com estados e municípios. Enquanto o Ministério da Saúde fornece o pessoal e o equipamento para o funcionamento do serviço, as prefeituras e governos de estados se responsabilizam pela gestão do sistema.