Lana Cristina
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O galo que morreu numa chácara de Marília, interior de São Paulo, não estava contaminado com o vírus da influenza aviária, segundo o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. Ele descartou hoje (4) a possibilidade do galo ter morrido por conta da chamada "gripe do frango", em função do resultado da análise do Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), de Campinas. O exame foi feito pelo método Elisa, que identifica se a contaminação é por vírus ou bactéria.
O resultado foi negativo para o vírus da gripe aviária. Os exames das amostras de sangue das outras 26 aves da propriedade também tiveram a mesma conclusão. "Esses resultados nos tranqüilizam", disse o ministro. Ele ressaltou que o trabalho para evitar a chegada da doença ao Brasil continua. O país é o maior exportador mundial de carne de frango, com faturamento de US$ 2,6 bilhões registrado no ano passado.
O galo morreu na quarta-feira (2), com problemas respiratórios, o que chamou a atenção dos proprietários da chácara. O ministro registrou ainda que é compreensível a preocupação já que casos de gripe aviária se espalham pela Ásia e Europa.
O superintendente federal da Agricultura em São Paulo, Francisco Jardim, disse que o Lanagro continuará examinando o material colhido do galo que morreu para uma investigação mais aprofundada, ainda que o primeiro exame tenha dado negativo para o vírus. O resultado desta análise sairá dentro de 21 dias.
"O certo é que não há nenhum problema epidemiológico", afirmou Jardim. Para ele, o animal pode ter contraído tifo aviário ou salmonelose, doenças comuns em aves criadas em propriedades rústicas, sem uso intensivo de tecnologia.