Cecília Jorge
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O secretário-executivo-adjunto do Ministério da Educação, Ronaldo Teixeira, disse que o MEC passou a semana tentando negociar com o Ministério do Planejamento a liberação de mais recursos para garantir a paridade salarial entre professores de universidades federais e inativos. "Estamos em busca da paridade, só não é possível fazê-lo agora na íntegra como estão exigindo. Ficamos nesta semana dialogando com o Planejamento, mas isso não foi possível tecnicamente e, portanto, ratificamos a proposta anterior", afirmou. A paridade é um dos pontos de reivindicação dos grevistas.
Governo e professores das universidades federais encerraram a reunião de hoje (4) sem chegar a um acordo para o término da greve da categoria que já dura mais de dois meses. A presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Marina Barbosa, afirmou que o governo não avançou em relação à proposta apresentada na reunião anterior.
Ronaldo Teixeira negou, entretanto, que a proposta apresentada hoje não contenha novidades. "Houve uma novidade significativa que é a formação de um grupo de trabalho para a reestruturação da carreira conjunto, para discutir uma carreira comum entre professores de primeiro, segundo e terceiro graus", afirmou Teixeira. "Poder discutir conjuntamente a carreira é possibilitar uma estabilidade definitiva para a carreira do magistério não só superior como primeiro e segundo graus o que vai nos afastar desses impasses históricos que têm sido recorrentes nos anos anteriores".
Teixeira afirmou que a proposta do governo procura aproximar o valor da gratificação dos aposentados à dos professores em atividade. De 61 pontos na gratificação, a proposta prevê agora 115 pontos. A pontuação dos ativos é 140. Já estão assegurados R$ 500 milhões para conceder reajuste à categoria.