Ministro da Saúde diz que Samu traz nova concepção no atendimento de emergência

24/08/2005 - 14h15

Cecília Jorge
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Ao inaugurar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no Distrito Federal, o ministro da Saúde, Saraiva Felipe, disse que esse serviço traz uma nova concepção de atendimento dos casos de emergência. "O Samu organiza o atendimento. Quando o doente é transportado pela unidade móvel, a central de regulação já deu um jeito de descobrir um leito adequado para recebê-lo de tal forma que ele não fica de porta em porta de hospital, agravando o seu quadro de doença", afirmou o ministro.

Com a inauguração do serviço no DF, o Samu passa a funcionar em 307 municípios, que somam quase 68 milhões de pessoas. Segundo Saraiva Felipe, o tempo médio para que o atendimento chegue até ao paciente é de 10 minutos. "Nós temos modelos internacionais que não têm a abrangência que nós vamos ter no Brasil, até porque são países menores, mas que mostram a importância de a própria ambulância ser aparelhada, ser adequada, ser uma unidade móvel de atendimento de urgência que já presta o primeiro socorro", disse.

No Distrito Federal, o Samu vai funcionar com 37 ambulâncias, sendo 30 de suporte básico e sete de suporte avançado (Unidades de Terapia Intensiva – UTI), duas delas equipadas com unidade neonatal. Para acionar o Samu, a população liga gratuitamente para o telefone 192, e as chamadas são atendidas por uma Central que funciona 24 horas.

Outra vantagem desse sistema, segundo o ministro, é a integração com outros serviços públicos. Os profissionais são orientados, por exemplo, a repassar informações à vigilância sanitária sobre o aumento do número de casos de doenças infecciosas, como meningite, em uma mesma localidade. O registro constante de chamadas de urgência por acidentes de trânsito no mesmo local também servirá para orientar mudanças de sinalização e fiscalização.

O ministro acrescentou que o fortalecimento da parceria com o governo distrital tem o objetivo de transformar a capital federal em referência nacional na área de saúde. "Eu queria ressaltar a disposição nossa de fazermos da saúde no país, e no distrito federal particularmente, um trabalho que realmente tenha significado e tenha repercussão nacional", afirmou.

Entre as iniciativas que têm sido adotadas em parceria entre os dois governos, Saraiva Felipe destacou a inauguração de uma unidade do Instituto do Coração (Incor) na cidade. "Isso coloca Brasília num nível de atendimento especializado na área de cardiologia como um pólo nacional".