Economista diz que controle de gastos aumenta eficiência do governo e gera emprego

24/08/2005 - 13h30

Keite Camacho
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) não propõe o déficit nominal zero, tese defendida pelo deputado federal Delfim Netto (PP-SP), segundo a qual o governo gastaria somente o que arrecada. A proposta da entidade é de controle de gastos públicos para aumentar a eficiência do governo e gerar empregos.

A informação foi dada pelo economista André Rebelo, da Fiesp. Segundo ele, a proposta da Fiesp, no entanto, levaria ao déficit zero."O objetivo fundamental é trazer eficiência para o gasto público, para gastar melhor e fazer mais com menos dinheiro. É um choque de gestão", afirmou.

O economista considera que isso vai gerar empregos. "A Fiesp é uma entidade patronal. O empresário tem duas preocupações: aumentar as vendas e reduzir os custos. A redução do custo possibilita a permanência da empresa no mercado. No caso do Estado, como ele não concorre no mercado, reduzir custos vai permitir gastar em outras coisas que a gente precisa e a nossa sociedade é tão carente", considerou.

O economista participou da primeira de uma série de oito audiências publicas que a Frente Parlamentar do Pleno Emprego está realizando para elaborar um projeto de lei que proponha mudança na atual política econômica, visando a gerar emprego. A frente é composta por 42 senadores e 80 deputados.