Desemprego será menor se governo gastar apenas o que arrecada de impostos, diz economista

24/08/2005 - 13h52

Keite Camacho
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A proposta do déficit nominal zero defendida pelo deputado federal Delfim Netto (PP-SP) – em que o governo gastaria somente o que arrecada –, foi objeto de análise por economistas e parlamentares no Interlegis em Brasília. Para o economista Fábio Giambiagi, do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA), se o déficit zero fosse atingido, isso daria condições para o aumento do emprego.

"Daria grandes condições de previsibilidade à economia, permitiria a rápida redução da relação entre a dívida pública e o Produto Interno Bruto (PIB), facilitando o terreno para o longo processo de redução da taxa de juros, a partir do nível extremamente elevado que temos atingido este ano. Seria uma forma de dar previsibilidade às ações econômicas, reduzir a taxa de juros e criar um meio ambiente favorável para a decisão de investimentos dos empresários e, conseqüentemente, de mão de obra".

O economista participou da primeira de uma série de oito audiências públicas a serem realizadas pela frente parlamentar do pleno emprego. A idéia é elaborar, ao fim da série de debates, um projeto de lei que proponha mudança na política econômica atual visando aumentar a geração de empregos. A Frente é composta por 42 senadores e 80 deputados.