Ciro elogia CPI, mas ressalta que é preciso manter a agenda do país

01/08/2005 - 23h11

Liésio Pereira
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes elogiou hoje, nesta capital, o trabalho da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, mas alertou para a necessidade de se manter a agenda do Congresso nos assuntos importantes para o país, como o Projeto de Interligação das Bacias Hidrográficas do Rio São Francisco com as do Nordeste Setentrional, apresentado por ele em reunião da diretoria da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

"Ela (CPMI) está fazendo o seu trabalho, o Congresso está fazendo o seu trabalho, o que eu gostaria é que ele fizesse, para além desse trabalho – importante para o país – considerar aquela outra agenda que importa também para o Brasil", disse. "Eu procuro, pessoalmente, imaginar que a agenda do país não pode ser confinada pela tensão quente, calorosa, compreensível, exagerada ou não, que se dá a esse componente da vida brasileira".

O ministro afirmou que quando dizia pertencer a um governo honesto, não queria dizer que não podia imaginar que alguém "em um lugar qualquer não estava cometendo uma imprudência. O que eu estava seguro é que a impunidade não seria o prêmio dessa pessoa".

Ciro Gomes disse também que as instituições de controle e transparência existem para investigar e punir os culpados de supostos delitos, mas ressaltou que é "muito perigoso que se tente espalhar para a sociedade brasileira essa história de que é todo mundo igual. Não é todo mundo igual". Para o ministro, é prejudicial "usar esse constrangimento que o país está passando para desgastar adversários" e classificou como "homens de bem" o senador Eduardo Azeredo (PSDB/MG) e o ex-ministro da Casa Civil, deputado José Dirceu (PT/SP).