Marcela Rebelo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O líder do PFL no Senado, senador José Agripino (RN), afirmou hoje que o PFL foi procurado pelo governo, há três semanas, para discutir, segundo ele, assuntos de interesse nacional. "Eu fui sondado pelo ministro da Fazenda, Antonio Palocci, para um encontro para discutir economia e política. Eu disse a ele claramente que não era momento para esse encontro", contou.

Para José Agripino, as discussões não devem ser feitas com ministros, mas com lideranças no Congresso. "Os entendimentos em torno do interesse nacional, daquilo que se sugere como sentarmos à mesa, não é preciso. Porque isso passará para a opinião pública que um ‘acordão’ está em curso, e o PFL não participa de ‘acordão’. Para que as coisas aconteçam no sentido de interesse nacional, basta que nós continuemos a nos reunir no plano legislativo", falou Agripino.

O presidente do Partido da Frente Liberal (PFL), senador Jorge Bornhausen (SC), reafirmou que o seu partido não aceita participar de qualquer tipo de acordo para impedir a cassação de deputados envolvidos no suposto esquema de pagamento de mesadas a parlamentares. "Não aceitamos conchavos, acordos, acordinhos ou acordão. Queremos as investigações e a punição dos corruptos e corruptores", disse.