País vive maior queda de preços desde junho de 2003, aponta IBGE

08/07/2005 - 10h22

Cristina Índio do Brasil
Repórter da Agência Brasil

Rio – No mês de junho, houve queda de 0,02% o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O índice, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é usado como a referência oficial do governo federal para a inflação. Ele é medido em nove regiões metropolitanas, além das cidades de Goiânia e Brasília. Mede as alterações de preço em vários setores, como alimentação, moradia e transporte. O IPCA mede gastos das famílias que ganham de R$ 300 a R$ 12.000 por mês.

As principais quedas foram as de combustíveis, afirma a gerente de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes. O preço do álcool caiu 8,79% e o da gasolina, 1,51%. No caso do álcool, segundo Eulina, a queda foi provocada pela influência da desaceleração do preço da cana-de-açúcar, em conseqüência da redução do câmbio e do mercado internacional. Já na gasolina a competição entre os postos de combustíveis ajudou a queda dos preços no semestre.

O segundo setor com maior queda foi o de alimentos (-0,67%). Os produtos que mais baratearam foram batata-inglesa (-18,74%), cenoura (-16,89%) e tomate (-10,79%).

Para Eulina, o resultado do IPCA em junho é muito importante porque vários fatores contribuíram para que ele ficasse "ligeiramente negativo" e os preços se mantivessem estáveis em comparação ao mês anterior. "Contribuíram para isso a concorrência, muitas promoções, a safra, o câmbio apreciado permeando o Índice como um todo, a inexistência de reajustes relativamente fortes nos preços administrados. O que aconteceu foi uma forte e generalizada queda ou diminuição de ritmos de crescimentos localizados no mês de junho", disse.