Metrô do Rio garante estar apto a receber recursos do BNDES

08/07/2005 - 17h08

Rio, 8/7/2005 (Agência Brasil - ABr) - O presidente da Riotrilhos, empresa que administra o planejamento e a construção do Metrô do Rio de Janeiro, garantiu hoje que o governo fluminense está adimplente junto ao Tesouro Nacional. Segundo Alexandre Farah, está apto, portanto, a receber recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a continuidade das obras de expansão daquele sistema de transporte.

Farah contestou afirmação de ontem (7) do presidente do BNDES, Guido Mantega, de que a reestruturação da dívida de R$ 847,5 milhões, constituída em 2003 para a realização de investimentos no metrô carioca, não invalida o débito anterior existente. "O governo do Estado ficou um ano sem pagar e deve ter acumulado uns R$ 100 milhões a R$ 150 milhões de débito", indicou Mantega.

O presidente do BNDES acrescentou que o governo fluminense passou a pagar somente a partir da reestruturação e que a situação, embora "complexa", está sendo regularizada. Ele garantiu que o banco se esforça para resolver a questão e repassar o recurso, a fim de impedir que a obra seja paralisada.

Farah disse não ter fundamento a informação de que o governo estaria inadimplente. "Tenho aqui uma certidão da Secretaria do Tesouro Nacional, datada de 6 de junho de 2005, de que o estado do Rio de Janeiro está totalmente adimplente". O presidente da Riotrilhos revelou ainda que o governo fluminense fará aportes de recursos próprios para não deixar a obra parar. "Atualmente, trabalham 1,2 mil operários, muitos deles em turnos de 24 horas, então a desmobilização e a remobilização vão custar caro ao erário estadual. Espero que o BNDES entre em contato outra vez com o Tesouro e libere o dinheiro, que é um empréstimo, não é dado. Nós pagamos TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo, hoje em 9,75% ao ano) mais correção de 5% ao ano", disse.

Segundo Farah, desde janeiro o BNDES deveria ter liberado para as obras do metrô cerca de R$ 8 milhões por mês. Ele informou que "o Tesouro estadual paga religiosamente em dia ao banco R$ 13 milhões de empréstimos, não só desta expansão como de outras expansões que foram feitas ao longo desses anos".