São Paulo, 8/7/2005 (Agência Brasil - ABr) - Pelo menos 1,3 milhão de segurados não foram atendidos no Estado de São Paulo por conta da paralisação dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), desde o dia 2 de junho. A informação é do levantamento divulgado hoje pela Superintendência do INSS, acrescentando que das 27 agências de atendimento na capital, 24 não funcionaram e três abriram com atendimento parcial.
Na Grande São Paulo, das 13 agências, seis permaneceram fechadas, três atenderam o público parcialmente e quatro prestaram seus serviços normalmente. No interior do estado, que conta com 125 unidades, a greve atingiu 34 unidades, outras 24 funcionaram parcialmente e em 67 o atendimento foi normal.
O diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência (Sinsprev) de São Paulo, Paulo Martins, disse que o impasse continua porque entre os pontos que a categoria reivindica não houve avanço na questão que trata dos R$ 140 milhões oferecidos pelo governo federal em gratificação por produtividade. Essa proposta, disse, não garante uma paridade entre servidores ativos e inativos: "O governo joga com a avaliação de desempenho e isso não deixa uma paridade entre aposentados e ativos. A diferença é muito grande, e os aposentados do INSS perderam seu poder aquisitivo".
Segundo o sindicalista, 90% dos cerca de 14 mil servidores no estado aderiram à greve.