Arthur Braga
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O deputado estadual e líder pelo PT na Assembléia Legislativa do Ceará, José Nobre Guimarães, disse estar "surpreso" com a prisão de seu assessor, José Adalberto Vieira da Silva, quando ele embarcava num vôo para Fortaleza, no Aeroporto de Congonhas, com US$ 100 mil e R$ 200 mil em dinheiro não-declarado.

"Eu não tinha conhecimento que ele estava em São Paulo. Estou fora do Ceará desde segunda-feira (4). Falei com ele na quarta-feira (6) sobre minha agenda no interior do estado e estou tomando conhecimento pela imprensa desse fato que está cheirando muito mal", disse Guimarães.

José Nobre Guimarães, que é membro do Diretório Nacional do PT e irmão do presidente nacional do PT, José Genoino, ressaltou que seu assessor político "nunca mexeu com finanças [no gabinete do deputado]". "A liderança do PT não lida com dinheiro, lida com a política, portanto não tinha nada a ver ele estar mexendo com isso", completou.

Guimarães disse que conhece Vieira da Silva há mais de sete anos, "como filiado do PT e militante do movimento sindical". Ele fez questão de separar a prisão de seu assessor das denúncias contra o PT, e de seu irmão, José Genoino. "A minha relação com Genoino é política e isso [a prisão de seu assessor] não tem nada a ver uma coisa com a outra. Estou tomando as providências e logo em seguida esclareceremos a opinião pública".

O assessor político foi preso por volta das 11h40, e foi levado à sede da Polícia Federal, na capital paulista. Em 2000, Silva foi candidato pelo PT a vereador no município de Aracati, no Ceará, mas não foi eleito.