Auditoria do TCU em 28 órgãos pode atrasar fiscalizações previstas para segundo semestre

08/07/2005 - 20h08

Juliana Cézar Nunes
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Adylson Motta, disse hoje que as fiscalizações previstas para o segundo semestre deste ano poderão sofrer alterações no cronograma de execução. A auditoria criada nesta semana para investigar 28 órgãos envolvidos, direta ou indiretamente, nas denúncias recentes de corrupção, exigirá as atenções de 100 analistas.

"Não há dúvida de que o nosso cronograma será executado de forma mais lenta e poderá sofrer atrasos, mas as apurações das denúncias que vêm sendo veiculadas se fazem imperativas, ganhando, em meu juízo, prioridade sobre todas as outras ações já programas para este segundo semestre de 2005", afirmou o presidente do TCU.

Na sessão em que a auditoria nos 28 órgãos foi aprovada, o TCU analisou o plano de fiscalização do órgão para os próximos meses do ano. Esse plano prevê um total de 209 fiscalizações, sendo 89 auditorias e 45 inspeções. Cerca de 25% dos documentos a serem analisados são contratos e 14%, licitações. Para todas as operações, o TCU considera necessária a participação de 426 analistas de controle externo.

A presidência do tribunal recomendou no plano mais investigações sobre os recursos federais repassados para organizações não-governamentais e organizações da sociedade civil de interesse público (ONGs e Oscips). O plano de fiscalização do segudo semestre prevê fiscalização concentrada em órgãos como Caixa Econômica, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Ministério da Integração Nacional, Petrobras, Superintendência da Zona Franca de Manaus, Sistema Único de Saúde (SUS) e Tribunal Regional do Trabalho da 5.ª Região.