Rio, 15/5/2005 (Agência Brasil - ABr) - A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) está negociando com as autoridades econômicas a possibilidade de realização de concurso para seleção e contratação de pessoal, a fim de substituir os cerca de mil profissionais qualificados que em três anos estarão aposentados.
O presidente da empresa, Silvio Crestana, admitiu nesta semana a carência de pessoal especializado. "Isso preocupa muito, porque perdendo esses profissionais, com eles irá toda a informação, o chamado conhecimento tácito que não está escrito, não está em um banco de dados", afirmou, destacando que essa sabedoria foi acumulada ao longo de 30 a 40 anos de trabalho.
O ideal, segundo Crestana, é que a substituição seja feita "rapidamente, para que a gente ainda aproveite essa capacidade instalada de cérebros e talentos que a Embrapa tem, de modo que possam treinar os mais jovens e que não haja descontinuidade do trabalho". A Embrapa possui atualmente 2,5 mil pesquisadores, metade deles doutores e os demais, mestres.
Silvio Crestana lembrou ainda que além de pesquisadores são necessários profissionais da área administrativa, de apoio técnico, comunicação e de geração de tecnologia, além da área de negócios tecnológicos.