Dulci reitera necessidade de fortalecer relações com a base aliada

15/05/2005 - 15h08

São Paulo, 15/5/2005 (Agência Brasil - ABr) - O governo federal pretende fortalecer as relações com os partidos da base aliada, a fim de garantir a sua sustentação política. A afirmação foi feita pelo ministro chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, pouco antes de discursar na conferência O PT e os Movimentos Sociais, que se realiza desde ontem como parte das comemorações dos 25 anos do partido.

Dulci enfatizou que "todos nós que somos partidos de base de sustentação do governo Lula podemos aperfeiçoar nossas relações e devemos nos empenhar nesse sentido. Não apenas o PT, mas os demais partidos aliados devem ter esse espírito construtivo de aperfeiçoar as relações".

O ministro preferiu não comentar as notícias de que haveria mudança na estratégia de coordenação política, com a saída do ministro Aldo Rebelo, e argumentou que "essa é uma atribuição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva". Segundo Dulci, "tanto a coordenação política quanto qualquer outra área tem que estar nas mãos de quem o presidente achar mais adequado para cumprir a sua função".

Durante sua fala no encontro, o ministro observou que em 2004 o país atingiu um crescimento econômico de 5,2%, "o maior dos últimos dez anos". E reconheceu que para chegar a essa taxa foi necessário um momento de sacrifício. "Com a política econômica que o presidente adotou, ele superou a crise econômica-financeira herdada do governo anterior e, para isso, o governo fez sacrifício, a sociedade fez sacrifício".

Dulci destacou ainda a atuação dos movimentos sociais, ao lembrar que a introdução da política de concessão de crédito descontado em folha de pagamento foi proposta pela Central Única dos Trabalhadores (CUT). De acordo com o ministro, essas operações já superam os R$ 14 bilhões.

Ele também enfatizou o dinamismo da economia alimentado pelos recursos do Programa Nacional de Crédito para a Agricultura Familiar (Pronaf), que triplicaram no atual governo. "As reivindicações e as mobilizações sociais deram força ao governo para fazer inversão de prioridades e investir no social, o que ajudou a economia a voltar a crescer", justificou.