Parlamentares protestam contra ponto facultativo no Congresso

09/05/2005 - 20h53

Brasília, 9/5/2005 (Agência Brasil - ABr) - A decretação de ponto facultativo no Congresso Nacional nesta terça-feira, por causa da realização da Cúpula América do Sul - Países Árabes, gerou protestos de deputados e senadores. O líder do PSDB na Câmara, deputado Alberto Goldman (SP), disse que "soa absurda e despropositada a decisão determinada pelo presidente Severino Cavalcanti (PP-PE) de suspender os trabalhos da Câmara nesta terça-feira".

Goldman afirmou que sete Medidas Provisórias e um projeto de lei trancam a pauta de votações. "O mais sensato seria o Congresso estar funcionando, não só em razão da análise destas matérias como também da discussão do que se passa na Cúpula", disse.

No Plenário do Senado, o líder do PSDB, Arthur Virgílo (AM), criticou a adoção do ponto facultativo e afirmou que "não há razão para fugir a uma situação de normalidade". O senador Paulo Paim (PT-RS), parabenizou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela realização da cúpula, mas disse não entender "por que o Congresso não vai trabalhar amanhã".

Outros senadores elogiaram a realização da cúpula. Pedro Simon (PMDB-RS) destacou que o encontro tem como objetivo principal aprofundar o diálogo e possibilidades de negócios entre as duas regiões continentais. E o senador Tião Viana (PT-AC) cumprimentou o presidente Lula pela realização do evento e disse acreditar que o encontro consolidará a expansão do comércio entre o Brasil e os países árabes.