Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio – O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, descartou que estejam sendo estudadas novas medidas pelo governo para o combate à inflação. A afirmação foi feita hoje, no XVII Fórum Nacional, na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, no Rio de Janeiro. Palocci contradiz o que presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, teria declarado hoje, na Suíça, que estavam sendo estudadas novas medidas.
"O combate à inflação se dá pela política monetária, mas ele é respaldado por uma série de iniciativas importantes. E isso o governo tem feito", assegurou, citando entre essas medidas a elevação do esforço fiscal. "São instrumentos que o governo vai utilizando para que, ao longo do tempo, produzam efeitos positivos na economia e auxiliem tanto no campo fiscal como no campo monetário o esforço que o governo tem", disse o ministro.
Palocci garantiu, porém, que não haverá mágicas. "Não haverá coelho tirado de cartola. Aliás, não existe coelho nem cartola na política econômica. O que nós vamos sempre é trabalhar para que o conjunto de medidas econômicas faça um mecanismo de auxílio entre si e possa uma reforçar outra, um esforço respaldar outro esforço no campo fiscal, no campo monetário, no campo das agências reguladoras".
Palocci lembrou que no campo da telefonia, há 2 anos o Ministério e a Agência Nacional de Telecomunicações vêm construindo um mecanismo de contratação diferente do anterior. No final deste ano, haverá renovação de contratos de telefonia e para isso o Ministério e a Anatel estão construindo um índice setorial com uma evolução dos contratos firmados anteriormente, informou.
O Ministro da Fazenda revelou que o Conselho Monetário Nacional vai discutir em junho próximo a meta de inflação para 2007. "Este é o momento para o debate", sinalizou, sem entrar no mérito da divergência estabelecida na sessão de abertura do Fórum Nacional entre o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante, que defendia o aumento para 5,5% da meta de inflação até 2006, e o ex-presidente do Banco Central, Afonso Pastore, que dizia que não era o caso de aumentar a meta.