Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Rio - O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação, teve alta de 0,74% em abril, mais do que o dobro na comparação com março (0,35%). No ano, o índice acumula 2,53% e, nos 12 meses encerrados no período (de maio de 2004 a abril de 2005), 7,88%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os preços para cálculo do mês foram coletados no período de 15 de março a 13 de abril e comparados com os preços vigentes de 15 de fevereiro a 14 de março. No período, vários itens apresentaram aumento, mas o impacto individual mais importante foi o das tarifas de ônibus urbanos que, já com alta de 1,83% em março, passaram para 4,43% em abril e foram responsáveis por 0,22 ponto percentual no mês. A alta refletiu parte de reajustes em Porto Alegre (12,18%), São Paulo (10,50%) e Rio de Janeiro (1,87%).
Subiram também os preços de remédios (de 0,19% em março para 0,61% em abril), artigos de vestuário (de 0,10% para 0,83%) e alimentos (de 0,17% para 0,48%). No grupo alimentos, os principais destaques foram tomate (13,70%), batata-inglesa (9,82%), leite pasteurizado (3,55%), ovos (3,41%), açúcar refinado (3,28%) e leite em pó (2,15%). Outros itens de consumo que ficaram mais caros foram telefonia celular (2,45%), taxa de água e esgoto (1,78%), automóvel usado (1,43%), seguro de veículos (1,41%) e álcool combustível (1,11%).
Entre as regiões o maior resultado foi o de Porto Alegre (1,13%) em decorrência principalmente das tarifas dos ônibus urbanos (12,18%), reajustadas em 12,90% em 13 de março; de energia elétrica (3,39%) e de telefone fixo (3,27%). Em Salvador, onde os preços de alimentos tiveram queda de 0,54%, foi registrada deflação de 0,13%, o mais baixo resultado regional do mês.
O IPCA-15 mede a inflação que afeta famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA. A diferença entre os dois índices está no período de coleta dos preços.