Érica Santana
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Repartições públicas, lojas e fábricas protestaram nesta quarta-feira contra o reajuste de 41,11% que a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) deve fazer até a próxima sexta-feira (29). Durante 15 minutos, um apagão voluntário mobilizou a sociedade pernambucana contra o aumento de energia.
O apagão começou às 14 horas e contou com a participação da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe); da Federação do Comércio (Fecomércio) e das Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL). Além dessas entidades, as prefeitura do Recife e Olinda, a Assembléia Legislativa e o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) também participaram do boicote desligando aparelhos elétricos, luzes e outros equipamentos.
De acordo com o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), Jorge Corte Real, o protesto teve como objetivo conscientizar a população sobre as perdas que o aumento vai causar à economia pernambucana. "O objetivo de fato é que a sociedade se pronuncie no sentido de que esse aumento em torno de 40% da tarifa de energia inviabilizará o desenvolvimento econômico de Pernambuco, gerando, por conta disso, uma situação muito difícil. E, inclusive causando desemprego. A sociedade pernambucana quer levar o testemunho à Aneel e à ministra de Minas e Energia, Dilma Roussef, e mostrar que realmente tem que se rever esse ônus."
No dia 13 deste mês, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizou uma consulta pública em Olinda para analisar propostas da sociedade sobre a redução dos índices finais da concessionária de Pernambuco.