Rio, 20/4/2005 (Agência Brasil - ABr) - Embora o grupo Alimentação tenha registrado elevação de 0,14 ponto percentual, passando de 1,09% para 1,23%, os preços administrados dos grupos Habitação e Transportes responderam por 40% da taxa de 0,90% apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) no mês fechado até dia 15. O resultado, igual ao de fevereiro, é a maior variação do IPC-S no ano.
O economista André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV, informou que a influência desses preços administrados tende a arrefecer nas próximas apurações, porque o reajuste das tarifas de ônibus urbano em São Paulo, em março, já começou a mostrar taxas decrescentes (de 8,46% para 6,34%). Braz destacou que outros efeitos começarão a influir nas próximas edições do IPC-S, como reajuste do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) no Rio Grande do Sul e da tarifa de energia elétrica em Belo Horizonte.
Por capitais, a maior aceleração da inflação no varejo foi observada em Porto Alegre (2,05%), enquanto Salvador registrou deflação de 0,15%.