Ana Paula Marra
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Ministério das Relações Exteriores e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) assinaram convênio que cria o Programa de Apoio ao Pré-Investimento para a América do Sul (Finep-Sul). O acordo foi firmado, no Palácio do Planalto, durante audiência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com chanceleres dos países que integram a Comunidade Sul-Americana de Nações.
Por meio do Finep-Sul, o governo poderá financiar até 80% dos estudos técnicos para investimentos em países da América do Sul, de forma a viabilizar e acelerar a execução de obras de infra-estrutura na região. Há casos em que obras de infra-estrutura não chegam a sair do papel porque os estudos de viabilidade encarecem os projetos.
Ao financiar os estudos técnicos, que devem sempre contar com a participação de pelo menos uma empresa brasileira, o governo vai priorizar as obras que estejam dentro da estratégia de integração do continente sul-americano.
Para o presidente da Comissão de Membros Permanentes do Mercosul, o ex-presidente da Argentina Eduardo Duhalde, este projeto vai ajudar na integração física dos países e fortalecer a Comunidade Sul-Americana de Nações, criada no ano passado. "Este projeto vai abrir novas possibilidades para o continente, por isso foi tão bem recebido por representantes dos países sul-americanos", disse Duhalde, após reunião com o presidente Lula.
A Comunidade Sul-Americana de Nações foi criada durante a 3ª Reunião de Presidentes da América do Sul, em Cusco, no Peru, em dezembro do ano passado. Seu principal objetivo é concretizar a integração física e econômica dos países que a compõem, num prazo de 15 anos. Os 12 países membros da comunidade reúnem 360 milhões de pessoas e um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 800 bilhões. Além do Brasil, fazem parte da comunidade Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.