Conab fará no dia 27 o primeiro leilão de prêmio de risco para arroz de SC e RS

19/04/2005 - 19h29

Danielle Coimbra
Da Agência Brasil

Brasília - O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ivan Wedekin, anunciou hoje a realização pela Compranhia Nacional de Abastecimento (Conab), no dia 27, do primeiro leilão de Prêmio de Risco de Opções Privadas para arroz colhido nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Resultado de ação conjunta do governo e do setor privado, o leilão visa apoiar a comercialização e garantir o nível adequado de preços aos produtores rurais. Os compradores podem posteriormente leiloar o produto arrematado para cooperativas. O diferencial desse tipo de leilão é que as sacas restantes serão pagas pelo governo, ao preço de R$ 3 cada uma. Esse valor é o prêmio de risco máximo, uma subvenção que o governo está disposto a fazer para que comerciantes e indústrias de arroz lancem essas opções a R$ 27 para cada 50 quilos.

O segundo leilão, por meio do Sistema Eletônico de Comercialização, está previsto para o dia 4 de maio e em cada um deles serão ofertadas 100 mil toneladas, o correspondente a 3.704 contratos de 27 toneladas. O prêmio de risco máximo, disputado pelos compradores, é de R$ 3. Isso significa que quanto maior for a disputa pelo prêmio, menor será o seu valor.

Em um segundo leilão à parte, no dia 9 de maio, "as empresas que vencerem e comprarem o prêmio automaticamente se obrigam a fazer o lançamento de contratos de opção em que serão beneficiados os produtores rurais e as cooperativas", disse o secretário Wedekin. Caso o preço esteja abaixo de R$ 27 e o agricultor queira entregar o arroz para a empresa que lançou o contrato, o governo paga a diferença limitada a R$ 3 por saca. Nesse segundo leilão, o produtor compra o direito de vender as sacas a R$ 27.

Segundo o secretário, o que acontece é uma substituição da Conab, que antes lançava os contratos de opção, pelo setor privado. A vantagem para o governo, explicou, é sinalizar um determinado preço e comprometer apenas R$ 3 do orçamento, ao invés de R$ 27, que no final daria em média R$ 60 milhões de gasto total.